sexta-feira, 8 de junho de 2012

Os cristãos e a política


  Nesse ano teremos eleições municipais. Novos prefeitos e vereadores serão eleitos ou reeleitos, caso já exerçam um mandato e concorram novamente. O assunto política não agrada a todas as pessoas. Muitos são aqueles que têm aversão a este tema. Talvez por causa de inúmeros escândalos envolvendo políticos brasileiros ou pela ineficiência e burocracia do sistema. Tudo isso tem enfraquecido a classe política e gerado desinteresse na maioria da população. No entanto, a verdade que permanece é a da frase cujo autor não me recordo, mas que afirma: “O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam”.

A participação de cristãos e ministros religiosos, padres ou pastores, em pleitos eleitorais sempre gerou diversas opiniões, algumas favoráveis, outras contrárias. Afinal, um cristão pode se envolver na política?

Antes de refletirmos sobre esta questão, convém que analisemos a relação entre a Igreja e o Estado, duas importantes esferas em nossa sociedade. O Brasil é um país laico, ou seja, o Estado não assume nenhuma religião oficial e há plena liberdade religiosa. Esta é a atitude correta do Estado. Não interferir em questões de fé. A Igreja, por sua vez, também não deve se envolver em questões do Estado. Por exemplo, a Igreja não deve jamais ter algum tipo de vínculo partidário ou fazer campanhas eleitorais favorecendo algum candidato, mesmo que este seja um fervoroso cristão. Esta separação entre Igreja e Estado deve sempre ser respeitada. Cada campo atuando naquilo que lhe diz respeito.

Vimos, portanto, que a Igreja, como organização cristã, não deve jamais se envolver na política. Mas, voltemos agora à pergunta anterior: um cristão particularmente pode se envolver na política? Apesar de ser necessária uma separação entre fé e política, os cristãos podem e até devem se engajar na área pública. O ensino bíblico sempre orienta os cristãos a viverem a sua fé inseridos na sociedade e jamais isolados dela. Com um afastamento da política os cristãos perdem a oportunidade de exercer sua influência nessa área tão importante. Além do mais, a classe política brasileira está carente de pessoas que dêem bons exemplos em ofícios públicos, algo que os cristãos podem fazê-lo em virtude da sua fé. Assim sendo, um cristão pode concorrer e assumir cargos públicos.

Além disso, os cristãos devem acompanhar com interesse os processos eleitorais escolhendo com sabedoria os melhores candidatos e, também, quando eleitos, acompanhar o desempenho destes em suas respectivas funções. Um cristão não pode ficar alheio a este tema. É seu dever não só estar informado a respeito da política, como também orar por aqueles que Deus conferiu autoridade de governar a fim que desempenhem o seu ofício da melhor forma possível.

Pense nisso.
Pastor Leandro

Nenhum comentário:

Postar um comentário