Há
algum tempo atrás, mais precisamente na década de 80, foi ao ar nos meios de
comunicação uma campanha publicitária premiadíssima. Creio que muitos de vocês
também se recordam do comercial da Gelol. O comercial relatava a história de um
garoto que seria o herói do jogo de futebol e, o pai, o herói deste garoto. Havia
um slogan que ficou gravado em nossas mentes e dizia o seguinte: “Não basta ser
pai, tem que participar, não basta ser remédio, tem que ser Gelol”.
Este
princípio de não bastar apenas “ser”, mas também “participar, atuar, agir”,
deve ser aplicado em muitas áreas da nossa vida, também quando o assunto é
igreja. Ou seja, não apenas ser cristão, ser igreja, mas também agir, atuar,
participar.
Infelizmente
não é isso que vemos na prática em nossas igrejas. Creio que eu não estou errando
em afirmar que a vida espiritual de muitos cristãos se resume simplesmente a
assistir a um culto e, isso, esporadicamente. Se limitam a entrar na igreja,
sentar no banco, olhar para os que estão ao seu redor e para o pastor e, no
final, se levantar e voltar para casa. Nada mais que isso. E ainda tem alguns
que acreditam que realizaram uma grande obra cristã. Voltando ao comercial da
Gelol são como o pai que somente gerou o filho, mas não o educa, não o ensina,
não participa.
Caro
leitor, nesta reflexão não interessa a qual denominação religiosa você
pertence: se você é católico, evangélico ou pentecostal. Eu e você não podemos
fazer um pacto com a mediocridade espiritual. A verdade é que muitas vezes nós
queremos fugir daquilo que dá trabalho. É mais fácil sentar e ouvir do que se
comprometer e participar. Nós também não podemos fazer um pacto com o
comodismo.
O
Senhor nos adverte na carta de Tiago 1.22: “Tornai-vos, pois, praticantes da
palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. No versículo 26:
“Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando
o próprio coração, a sua religião é vã”. E também em 2.14: “Meus irmãos, qual é
o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso,
semelhante fé salvá-lo?” E, ainda, no versículo 17: “Assim, também a fé, se não
tiver obras, por si só está morta”.
Observe
que não basta apenas ser ouvinte, é necessário também participar. E há muitos
trabalhos, projetos, ações que uma igreja pode promover quando existem pessoas
dispostas a participar e a atuar. Música, teatro, organização do templo,
recepção aos cultos, evangelismo que leva a mensagem de paz e de amor de Deus
às pessoas, ações sociais diversas, visita em enfermos e muitas outras opções
que você pode participar.
Se
a nossa fé é de fato verdadeira ela também será ativa em amor para com Deus e
para com o próximo. É isso mesmo: a fé é ativa em amor. Uma observação é
necessária aqui: não são as nossas boas ações que irão garantir a nossa
salvação eterna, isso acontece unicamente e exclusivamente pela fé em Jesus. Mas as nossas
boas ações comprovam, testificam, testemunham que a nossa fé não é falsa, mas é
genuína.
Portanto,
coloque a sua fé em ação.
Seja mais do que simplesmente um ouvinte porque não basta ser
ouvinte, tem que participar.
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