quinta-feira, 14 de junho de 2012

Não basta ser ouvinte, tem que participar


Há algum tempo atrás, mais precisamente na década de 80, foi ao ar nos meios de comunicação uma campanha publicitária premiadíssima. Creio que muitos de vocês também se recordam do comercial da Gelol. O comercial relatava a história de um garoto que seria o herói do jogo de futebol e, o pai, o herói deste garoto. Havia um slogan que ficou gravado em nossas mentes e dizia o seguinte: “Não basta ser pai, tem que participar, não basta ser remédio, tem que ser Gelol”.

Este princípio de não bastar apenas “ser”, mas também “participar, atuar, agir”, deve ser aplicado em muitas áreas da nossa vida, também quando o assunto é igreja. Ou seja, não apenas ser cristão, ser igreja, mas também agir, atuar, participar.

Infelizmente não é isso que vemos na prática em nossas igrejas. Creio que eu não estou errando em afirmar que a vida espiritual de muitos cristãos se resume simplesmente a assistir a um culto e, isso, esporadicamente. Se limitam a entrar na igreja, sentar no banco, olhar para os que estão ao seu redor e para o pastor e, no final, se levantar e voltar para casa. Nada mais que isso. E ainda tem alguns que acreditam que realizaram uma grande obra cristã. Voltando ao comercial da Gelol são como o pai que somente gerou o filho, mas não o educa, não o ensina, não participa.

Caro leitor, nesta reflexão não interessa a qual denominação religiosa você pertence: se você é católico, evangélico ou pentecostal. Eu e você não podemos fazer um pacto com a mediocridade espiritual. A verdade é que muitas vezes nós queremos fugir daquilo que dá trabalho. É mais fácil sentar e ouvir do que se comprometer e participar. Nós também não podemos fazer um pacto com o comodismo.

O Senhor nos adverte na carta de Tiago 1.22: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. No versículo 26: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã”. E também em 2.14: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” E, ainda, no versículo 17: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”.

Observe que não basta apenas ser ouvinte, é necessário também participar. E há muitos trabalhos, projetos, ações que uma igreja pode promover quando existem pessoas dispostas a participar e a atuar. Música, teatro, organização do templo, recepção aos cultos, evangelismo que leva a mensagem de paz e de amor de Deus às pessoas, ações sociais diversas, visita em enfermos e muitas outras opções que você pode participar.

Se a nossa fé é de fato verdadeira ela também será ativa em amor para com Deus e para com o próximo. É isso mesmo: a fé é ativa em amor. Uma observação é necessária aqui: não são as nossas boas ações que irão garantir a nossa salvação eterna, isso acontece unicamente e exclusivamente pela fé em Jesus. Mas as nossas boas ações comprovam, testificam, testemunham que a nossa fé não é falsa, mas é genuína.

Portanto, coloque a sua fé em ação. Seja mais do que simplesmente um ouvinte porque não basta ser ouvinte, tem que participar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário