sexta-feira, 1 de abril de 2011

O nosso substituto

O livro do profeta Isaías faz várias referências proféticas ao Messias, sua vinda e seu sofrimento. Isso é algo fantástico, tendo em vista que o profeta viveu numa época diferente de Cristo – Isaías profetizou acontecimentos que ocorreram somente cerca de 700 anos depois, quando Jesus nasceu e, mais tarde, foi sacrificado na cruz.

Muitas destas profecias de Isaías se referem a Jesus como o Servo do Senhor. Por exemplo, no capítulo 53 encontramos o relato do sofrimento vicário do Servo do Senhor, ou seja, do sofrimento que Jesus suportou em substituição a nós. No versículo 4 lemos: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”; e, no versículo 5: “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

O sofrimento que o Filho de Deus, Jesus, sofreu na cruz do Calvário, foi um sofrimento substitutivo. O castigo que Jesus sofreu deveria ser dirigido a mim e a você. Afinal de contas, eu e você somos os pecadores e não Jesus. A culpa pelos pecados é nossa, mas Jesus tomou sobre si. Ele se tornou culpado em nosso lugar.

O Salvador aceitou voluntariamente este enorme castigo: ser “moído pelas nossas iniqüidades” como profetizou Isaías. Jesus aceitou esse castigo simplesmente porque nos ama. A Escritura nos diz em Efésios 5.25: “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. Uma ação tão grandiosa como essa só poderia ser motivada por amor.

Embora o apóstolo Paulo fale que Cristo amou a igreja, a obra substitutiva de Jesus não ficou limitada à igreja, aos cristãos, mas abrange o mundo todo. A Bíblia nos diz que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Nenhuma pessoa foi excluída da obra salvadora de Jesus.

Isso nos dá uma pequena noção do grande sofrimento de Jesus na cruz. Sobre ele estavam os pecados de toda a humanidade; pessoas do passado, do presente e do futuro. É nesse sentido que o profeta Isaías diz que Jesus foi “moído pelas nossas iniqüidades”.

Essa obra grandiosa de Jesus na cruz traz igualmente benefícios grandiosos para nós: a libertação do poder do diabo, o perdão de todos os pecados e a vida eterna futura nos céus.

O objetivo dessa maravilhosa obra de Jesus, o propósito de Jesus ter suportado tanta dor, o desejo de Deus em planejar e permitir que seu Filho sofresse tanto é a salvação dos pecadores. A minha e a sua salvação foi conquistada por Jesus. Ele nos chama à fé. Todo aquele que crê em Jesus recebe os grandiosos benefícios da obra da cruz. Quem não crê menospreza a Jesus e o seu sofrimento. É como se o descrente disse a Jesus: “foi em vão o teu sofrimento, pois eu não creio que tu és o meu salvador!” Caro leitor, não seja incrédulo, mas crente. Que Jesus lhe abençoe. Amém.

Oração: Bom Jesus, tu padeceste pelo mundo pecador; tua vida ofereceste lá na cruz sob grande dor; foste ali sacrificado, nos lavando do pecado. Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador! Quanta injúria suportaste para a todos nós salvar! As cadeias que quebraste se Satã me vem livrar; teus tormentos e amarguras me libertam de torturas. Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador! Da coroa que, espinhosa, tua fronte fez sangrar, alegria venturosa, vida eterna hei de alcançar. Dos flagelos que sofreste manam cura e paz celeste. Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador! As feridas tão cruentas são vertentes que nos dão água vida, com que alentas o sedento coração. Teu amor divino e terno nos conduz ao lar paterno. Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador!Amém.

Pastor Leandro

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