sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Somente a Fé

Já estamos bem próximos da data em que celebramos a Reforma Luterana. Nesta segunda-feira, dia 31 de Outubro, comemoramos 494 anos da Reforma que aconteceu em 1517, na Alemanha. Estamos refletindo sobre os três pilares da Reforma: sola Scriptura, sola Gratia e sola Fide. Já vimos os dois primeiros: somente a Escritura e somente a Graça. Hoje veremos o terceiro: somente a fé.

Como o pecador é aceito por Deus? Pelas obras ou pela fé? A igreja da época de Martinho Lutero, no século XVI, ensinava as pessoas que o caminho que as conduzia para a vida eterna era as suas obras. Quanto mais boas ações alguém realizava mais perto estaria do paraíso eterno.

Lutero observou que havia passagens da Escritura que afirmavam um caminho diferente do que a igreja da época ensinava. Por exemplo, em Romanos 1.17: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. Ele compreendeu que “justiça de Deus” não é algo que Deus exige do ser humano, mas algo que Deus oferece em Cristo. Também em Romanos 3.28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. E em Efésios 2.8: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé”.

O reformador também se perguntava: Como posso ser participante de Cristo e de seus benefícios? Resposta: a obra de Cristo e todos os seus benefícios são oferecidos pela graça de Deus a todas as pessoas. Se alguém o aceitar por fé está participando de tudo o que Cristo conquistou. Em outras palavras podemos afirmar que pela fé somos salvos pessoalmente em virtude da salvação que Cristo realizou.

Diante disso Lutero elaborou o princípio do sola fide. Sola fide é uma expressão latina que significa somente a fé. Isso significa que as pessoas são aceitas por Deus somente pela graça por intermédio da fé em Cristo.

Mas o que é a fé verdadeira? Em palavras em simples podemos responder que fé verdadeira não é somente um conhecimento ou certa noção pelo qual conhecemos ser verdade tudo o que Deus nos tem revelado por meio da sua Palavra. Além deste conhecimento a respeito de Deus, a fé verdadeira também é uma firme confiança em Deus, na remissão dos pecados e na salvação eterna pela graça de Deus por meio do que Cristo fez por nós na cruz tornando-se ele o sacrifício em nosso lugar.

Caro leitor, a nossa salvação, portanto, não é resultado de nossos esforços. Ninguém será salvo pelas suas obras, porque ninguém é perfeito. Todos somos pecadores. Não é nas nossas próprias realizações que devemos nos firmar e confiar, mas unicamente na obra que Cristo realizou em nosso lugar na cruz do Calvário. Somente a fé em Cristo e nada mais é o que nos salva.

Vimos, portanto, os três pilares ou princípios da Reforma Luterana: sola scriptura (somente a Escritura), sola gratia (somente a graça) e sola fide (somente a fé). Estes princípios não pertencem exclusivamente à igreja Luterana, mas sim a todas as igrejas cristãs, porque são princípios bíblicos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Culto Infantil

No último sábado, dia 22/10, foi realizado o 1º Culto Infantil na Congregação Cristo Rei. Os cânticos e a mensagem foram direcionados às crianças. O templo foi todo enfeitado. No final as crianças receberam uma lembrancinha.
Nossa gratidão especial às professoras da escolinha.
Confira algumas imagens.




















sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Somente a Graça

Hoje vamos dar sequencia à nossa reflexão sobre os três pilares da Reforma Luterana: sola Scriptura, sola Gratia e sola Fide. Já vimos o sola Scriptura, ou seja, somente a Escritura. Hoje veremos o segundo pilar: sola Gratia.


No século XVI, época da Reforma Luterana, se alguma pessoa perguntasse “o que eu devo fazer para ser salvo?” a igreja respondia com base nos escritos de Tomás de Aquino: “faça o que está ao teu alcance”. A igreja da época ensinava que a salvação é um processo que acontece dentro de nós a medida que nos aperfeiçoamos. Em outras palavras o ensino que vigorava era o de que nós nos tornamos justos à medida que realizamos atos justos, que fazemos boas obras. No entanto, este ensino, além de não ser bíblico também deixava as pessoas inseguras com relação a certeza de salvação. Todos se perguntavam: “Como posso saber se fiz o melhor que pude?”


Em resposta a essa insegurança a igreja ensinava o povo a fazer ainda melhor: “Quando estiver em dúvida sobre a sua salvação, examine a si próprio para determinar se você fez o melhor que pôde, e a seguir dedique mais esforços para alcançar o melhor possível”.


Esta incerteza de salvação pelas obras também atingiu Martinho Lutero. Em sua busca pela salvação de sua alma ele ingressou num mosteiro. Lá ele desejava dedicar todos os seus esforços para ser salvo, e assim procedeu. Entre as seis celebrações religiosas de cada dia, que começavam as 2 horas da manhã, Lutero encaixou seções de oração, meditação e exercícios espirituais intensos. Ele desejava se tornar aceitável a Deus. Certa vez afirmou: “Eu me torturava com orações, jejuns, vigílias e congelamento”. Entretanto, por mais que Lutero se dedicasse e fizesse o melhor que podia suas obras não lhe davam a certeza que ele buscava em relação a sua salvação eterna.


Em seus intensos estudos da Bíblia Lutero enfim compreendeu o plano de salvação de Deus. Ele aprendeu que a justiça de Deus não é uma exigência a ser cumprida por meio de realizações, mas sim um dom a ser aceito por fé. Por meio da Escritura Sagrada Lutero convenceu-se de que o mérito no que diz respeito a salvação não está nos atos de uma pessoa, mas sim na ação de Deus.




Diante desta descoberta, que trouxe paz e segurança à Lutero, ele desenvolveu o princípio da “sola gratia”. Sola Gratia é uma expressão latina que significa: “Somente a Graça”. Ou seja, o ser humano é salvo unicamente e exclusivamente pela graça de Deus sem nenhum mérito ou dignidade de sua parte. A salvação, portanto, não pode ser conquistada por nossos esforços e boas obras. Mesmo se déssemos o melhor que pudermos, ainda assim nossas obras são insuficientes. Somente a obra de Deus é capaz de nos resgatar do pecado e nos dar a salvação eterna. O mérito é todo dele.


Conhecendo a graça de Deus podemos ter a certeza de salvação, pois somos salvos não por nossas obras mas pela obra de Cristo na cruz. Nossas obras não são perfeitas, mas a obra de Cristo é perfeita. Isso traz conforto ao nosso coração e a nossa alma. Jesus providenciou tudo para a nossa salvação. Ele deu a sua vida para o nosso benefício. Basta que creiamos nele e em sua obra salvadora. Mas, o assunto fé é o terceiro pilar da Reforma. Sobre isso trataremos em outra postagem.

Fonte: Lindberg, Carter. As Reformas na Europa. Ed. Sinodal, São leopoldo, RS.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Batismo da Eduarda

No culto do domingo, dia 16/10, Deus abraçou mais uma filhinha pelo santo Batismo: Eduarda Luchese Helmich. Que o Senhor continue abençoando a Eduarda e sua família.

Casamento: Bruno e Tatiane

Na noite do último sábado, dia 15/10, aconteceu a cerimônia matrimonial do casal Bruno Tonial Knappmann e Tatiane Berlanda na Congregação Cristo Rei. Que o Senhor abençoe este jovem casal.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Somente a Escritura

Estamos no mês da Reforma Luterana e nada melhor do que refletirmos um pouco mais a respeito desta obra tão importante para a igreja cristã. Normalmente se diz que a Reforma Luterana é sustentada por três pilares: somente a Escritura, somente a graça e somente a fé. Mas o que isso significa? Hoje veremos o primeiro destes pilares: Somente a Escritura.

No século XVI, época em que Martinho Lutero viveu, a igreja se encontrava totalmente transformada de sua estrutura primitiva. No centro da cristandade erguia-se a figura do papa. Este declarava para si a posse das cidades e territórios, lutava com exércitos próprios em guerras civis, empunhava contra os rebeldes as poderosas armas da excomunhão, modificava a seu bel-prazer a lei e o evangelho e possuía a seu serviço uma classe especial da sociedade: o clero. Toda a igreja nada mais era do que uma imitação religiosa do Império Romano, sem nenhum fundamento bíblico.

O povo, em geral, achava-se completamente submerso e esmagado debaixo da poderosa organização eclesiástica. Completando o cativeiro das almas, a igreja fechava a Bíblia ao povo. Nenhum leigo tinha acesso à Palavra de Deus. Não havia mais certeza da salvação.

A história nos mostra que a Bíblia era acorrentada nas bibliotecas de modo que ninguém tivesse acesso à mesma, e ainda que o povo tivesse acesso, não a conseguia ler, pois era escrita em latim e as missas também eram rezadas nesta língua.

A igreja romana colocava o papa acima dos concílios e a tradição acima da Escritura. Como se isso não bastasse, também afixaram a razão acima da Bíblia. Com a racionalização da fé, as doutrinas bíblicas foram completamente deformadas. O espírito que dominava a igreja não era bíblico, mas sim um código de leis que envolvia toda a ideologia ambiciosa do papado. A Bíblia ficava em um plano secundário, quando não completamente ausente ou desautorizada.

Martinho Lutero se encontrava perturbado com a situação da igreja na época, não encontrando paz em nenhum lugar, e não ser nas Sagradas Escrituras onde confessou: “A tua Palavra é a Verdade”, e “a Palavra de Deus, e ninguém mais, deve estabelecer artigos de fé”.

Em oposição à prática da igreja de subordinar a Bíblia à tradição, Lutero apresentou o “Princípio da Sola Scriptura”, a qual destinava-se a salvaguardar a autoridade das Escrituras Sagradas. O termo “Sola Scriptura”, é latino e literalmente significa a “Escritura Somente”. Com este princípio Lutero queria declarar que somente a Bíblia é o registro inspirado da revelação divina, e por isso é a única regra infalível de fé, na qual são fundamentadas todas as demais doutrinas cristãs.

Para Lutero a Bíblia podia ser entendida por si mesma, agindo cada pessoa como seu próprio interprete. Desse modo, as interpretações das tradições ou do clero não eram mais necessárias para a correta compreensão da Bíblia. A Palavra possui em si mesma a clareza externa que ela transmite. Logo, a Escritura, sem o acréscimo de mandamentos humanos e opiniões doutrinárias, é o único fundamento da fé.

A autoridade das Escrituras fundamenta-se em sua própria origem divina, ou seja, seu autor não é um grupo de homens, mas o próprio Deus. No entanto, a Bíblia foi escrita por homens inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Isto significa que a palavra de Deus não é apenas refletida na Escritura através de palavras de homens, mas são de fato o falar de Deus ao homem. A Bíblia não necessita da aprovação da igreja para adquirir ou se tornar autoridade, pois isso é algo intrínseco, próprio dela.

Estimado leitor, observe como Martinho Lutero defendeu este princípio que somente a Bíblia e nada mais pode ser considerado artigo de fé e norma de vida cristã. Lembre-se que tudo mais que vai além das Sagradas Escrituras ou deturpa as claras doutrinas que nela estão escritas devem ser considerados preceitos humanos os quais em nenhum momento podem igualar-se à Palavra de Deus inspirada. Cabe, portanto, aos verdadeiros cristãos preservar esta autoridade que a Palavra de Deus possui, no sentido de testemunhar que a Bíblia por si só tem a mais elevada honra e glória, devendo ser não só respeitada por todos, mas também preservada e considerada Santa, coisa que é sem sombra de dúvida.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Noite do Pastel 2011

Os jovens da Congregação Cristo Rei realizaram mais um evento: a noite do pastel. Havia a opção de 4 sabores: carne gado, carne frango, pizza e banana com canela. Agradecemos aos jovens pelo empenho e dedicação em mais este evento. Confira abaixo algumas imagens.








Batismo do Eduardo

No último culto, sábado dia 08/10, o menino Eduardo de Lima Sandri recebeu o Santo Batismo em nome do Deus triúno. Rogamos ao Senhor que continue abençoando ao Eduardo e toda a sua família.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O que significa ser luterano?

Para responder a essa pergunta e para entender a igreja luterana é necessário entender a Reforma Luterana. No entanto, existem algumas concepções erradas da Reforma.

Alguns defendem a interpretação heróica de Reforma. Estes vêem na Reforma um desses grandes eventos que marcaram época na história mundial. Desse modo, Lutero é considerado o herói, o grande homem, um gênio que fez história. Quem conseguir compreender o grande homem Lutero terá obtido uma compreensão da Reforma Luterana.

Entretanto, Lutero estava totalmente convencido de que a sua pessoa poderia ser desconsiderada. Sua prontidão para o martírio expõe isso. Lutero foi um gênio, mas a Reforma Luterana não pode ser ligada à grande personalidade do reformador. Até mesmo o uso do termo “luterano”, que surgiu como uma designação para os seguidores de Lutero, foi criticado pelo próprio reformador.Portanto, é errado concluir que a igreja luterana realiza um tipo de culto ao herói Lutero. Isso seria totalmente contrário aos ensinos de Lutero.

Há outras pessoas que defendem a interpretação Histórico-Cultural da Reforma. Estes ligam a Reforma com o iluminismo. É uma visão segundo a qual a Reforma deve ser entendida como um evento na história da civilização mundial – uma reviravolta na história da civilização mundial. Esta é a visão própria do homem moderno, que vê na Reforma o nascer de uma nova era na cultura ocidental. Erasmo de Rotterdam, foi um humanista da época de Lutero, ligado ao movimento do iluminismo. Erasmo acreditava na dignidade do homem como uma criatura de Deus. Lutero, pelo contrário, acreditava que o ser humano está totalmente depravado e corrompido pelo pecado.

Portanto, Lutero e Erasmo, a Reforma e o humanismo, são opostos um ao outro. A questão sobre o bem estar eterno da alma era mais importante para a Reforma que a questão sobre o futuro da civilização humana; nessa última a Reforma nunca acreditou nem estava seriamente interessada.
Há ainda outras pessoas que defendem a interpretação Nacionalista da Reforma. Estes sustentam que a Reforma deveria ser interpretada como um evento na história nacional da Alemanha. Nesse sentido a reforma foi o protesto dos alemães contra o sistema do catolicismo romano e seu objetivo era o estabelecimento de uma igreja nacional alemã.

Qualquer um que pensa na Reforma luterana como uma germanização da igreja, como uma translação do cristianismo de Roma para a Alemanha, não a entendeu. Apesar de Lutero amar a Alemanha e o povo alemão, não estava em seus planos a idéia de uma igreja nacional. Todas as idéias clássicas religiosas da cultura alemã foram rejeitadas como heresias. A Reforma luterana não estava tentando estabelecer um cristianismo alemão; ela não estava interessada numa igreja alemã, distinta de uma romana; ela estava interessada em uma, a verdadeira, a única igreja de Cristo.

Mas o que, então, significa ser luterano e o que é a Reforma Luterana? Precisamos compreender a Reforma Luterana como um episódio na História da Igreja Cristã. A Reforma só pode ser entendida do ponto de vista da realidade da igreja. A Reforma foi um evento que realmente marcou época para toda a igreja de Cristo, um evento na história da igreja que teve influência sobre a história total das nações européias, e naturalmente afetou de modo bem particular a nação na qual teve sua origem, a Alemanha.

A Reforma pode ser entendida como uma renovação da igreja por meio de um retorno às Escrituras Sagradas. Sendo assim, a Reforma é um processo contínuo, porque a Igreja de Cristo sempre precisa retornar às Escrituras Sagradas. A Reforma foi uma renovação da igreja causada pela redescoberta e renovada proclamação da pura doutrina do evangelho do perdão dos pecados. Mas isso já é assunto para um outro estudo.

Fonte: Sasse, Hermann. AQUI NOS FIRMAMOS: Natureza e caráter da fé Luterana. Ed. Concórdia.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mapa da IELB no Paraná

Veja em azul os municipios do Paraná onde a IELB está presente.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Confirmação na Cristo Rei

Três jovens confirmaram a sua fé no último culto, dia 02/10, na Congregação Cristo Rei. São eles: Kaciele Rosary da Silva, Eduardo Felipe Laabs Petkowicz e Eduarda Voss Jacondino. Que o Senhor Deus abençoe ricamente a estes jovens e suas famílias.